Dicas Para A Introdução De Alimentos Sólidos À Crianças Na Fase De Alimentação Complementar

Palavras chave: alimentos sólidos, alimentos complementares, crianças alimentadas exclusivamente com leite materno.

A OMS recomenda o aleitamento materno exclusivo pelos primeiros 4 a 6 meses de vida.

Depois dos 4-6 meses, só o leite materno é inadequado para o alcance das necessidades nutricionais da criança. Esta deficiência nutricional torna necessária a introdução de alimentos sólidos mais calóricos e semi-sólidos, enquanto se continua a amamentar. O alimento complementar é, entretanto, qualquer alimento além do leite materno ou fórmulas infantis, dado a criança para complementar qualquer um destes. Embora a introdução de alimentos sólidos seja um desafio comum para os pais e para as comunidades, se não for bem dado, o alimento compelementar (AC) pode ser causa importante de contração de doenças, crescimento deficiente ou mesmo mortalidade em crianças, particularmente em contextos de recursos escassos.

Esta breve comunicação aborda “quando”, o “que é” e “como” os (AC) devem ser dados e está referida principalmente na literatura da OMS.

O briefing não inclui as crianças que desenvolvem intolerância ou alergia alimentar durante a (AC).

Quando devem ser introduzidos os Alimentos Complementares

Como indicado acima, a altura para a introdução de alimentos sólidos está baseada nas necessidades nutricionais da criança.

É facilitada pelo crescimento natural, atributos do desenvolvimento da criança, uma vez que muitas crianças irão manifestar o seguinte entre os 4 e os 6 meses de idade

1. Habilidade para sentar sem ajuda ou ajuda mínima
2. Perda do reflexo de extrusão
3. Interesse no que os pais e outros membros da familia estão a comer
4. Erupção dos incisivos superiores e inferiores e habilidade para mastigar alimentos sólidos moles
5. Boa coordenação da língua para transferir os alimentos para a orofaringe
6. Boa coordenaçao da deglutição
7. Tem as enzimas digestivas capazes de lidar com a comida que é oferecida.

O que é um Alimento Complementar Adequado

Um alimento complementar adequado tem que ter certo critério mínimo que inclui o seguinte:

• Deve ser adequado em energia, proteina, gordura e micro-nutrientes
• Deve ser de fácil consumo para a criança
• Nao deve conter contaminantes micro-biológicos ou químicos
• Deve ter pequenas quantidades de especiarias e sais
• Deve estar disponível e fácil de preparar

Com base nesses factores incluindo a capacidade gástrica e ingestão de energia de 0.8Kcal/g de alimento, a OMS recomenda 2 a 3 refeições por dia de AC entre os 6 e os 8 meses de vida, 3 a 4 refeições diariamente entre os 9 e 24 meses com lanches adicionais diariamente aos 12 meses.

Como Devem ser dados os Alimentos Complementares

É aconselhado que os alimentados devam ser introduzidos gradualmente, um de cada vez e em pequenas quantidades, permitindo que decorram vários dias ou semanas antes de introduzir o próximo alimento. Alimentos novos poderão não ser aceites no primeiro contacto. Não é incomum que um novo alimento seja oferecido várias vezes antes de ser aceite. A consistencia do alimento deve ser apropriada para as habilidades de desenvolvimento de comer da criança e devem ser inicialmente semi-sólidos e macios na forma de puré. Aos oito meses, pode ser dada a criança alimentos que a famíilia come, amassados, desfiados, picados ou cortados aos pedaços. Aos 12 meses muitas crianças comem a mesma comida que os outros membros da família, desde que tenham sido adequadamente preparados em termos de conteúdo e consistência. Nesta fase, os semi-sólidos são limitados. Alimentos aguçados ou aqueles de consistência dura devem ser evitados, porque podem sufocar a criança.

Até que a utilização de utensílios culturalmente aceites seja aceitável, o uso de biberons deve ser evitado. Para além de serem uma fonte de infecção, eles poderão confundir-se com os mamilos.

Conclusão:

O aleitamento materno deve ser continuado durante o período de alimentação complementar, conforme resumido na tabela abaixo.

Os desafios colocados pela alimentação complementar variam de comunidade para comunidade e são em grande parte baseados em circunstâncias sócio-culturais. A pobreza, a ignorância e a segurança geral alimentar e interesses governamentais desempenham um grande papel.

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Referencias:

1.WHO/UNICEF. Alimentação complementar de crianças em países em vias de desenvolvimento: uma revisão do actual conhecimento científico. Geneva: Organização Mundial da Saúde, OMS/NUT/1998
2. Alimentação de Bebes e Crianças: Capítulo Modelo para livros de texto para estudantes de Medicina e Profissionais de Saúde aliados. Geneva. Organização Mundial da Saúde 2009. Secção 3
3. Christiana M G Monte, Elsa R J Glugliani. J recomendações para a alimentação complementar de crianças alimentadas com leite materno. Pediatr. (Rio J). 2004; 80 (5 suppl): S131-S141
4. OMS/UNICEF. Alimentação complementar de crianças em países em vias de desenvolvimento: Uma revisão do actual conhecimento científico. Geneva: Organização Mundial da Saúde. OMS/NUT/98.1,1998
5. OMS. Alimentação Complementar: Alimentos que a família come, para crianças alimentadas com leite materno. Geneva. Organização Mundial da Saúde. OMS/NHD/00.1:OMS/FCA/CAH/00.6;2000
6. PAHO/OMS Alimentação Complementar das crianças alimentadas com leite materno. Divisão da promoção e protecção da saúde. Relatório de consulta global. Resumo dos princípios orientadores. Panfleto sobre Alimentação e Nutrição, 2003;24 (1)
7. Kathry G. Dewey. Os desafios da satisfação das necessidades nutricionaisde bebés e crianças, durante o período da alimentação complementar: Uma perpectiva evolutiva. J. Nutr.143:2050-2054,2013